sexta-feira, 29 de junho de 2012

Resenha de O Espetacular Homem-Aranha



Pois é, gurizada, nosso leitor Fugitivo do Arkham (esse é o nick dele, não estamos falando que ele realmente fugiu do... Ah, vocês entenderam!), que não perde tempo,já assistiu o reboot do cabeça de teia e descreve suas impressões sobre o filme para a galera. Fiquem tranquilos, pois o texto não tem spoilers.
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Pessoal do MdM e pseudo-leitores, não sei se alguém foi assistir ao Espetacular Homem-Aranha ontem, 25 de junho, aqui em São Paulo, então vou adiantar um pouco o que vocês podem esperar.
Antes de mais nada, quem estava de saco cheio de ver o tio Ben repetindo a frase dos poderes e responsabilidades pode ficar tranquilo, a solução do roteiro para isso é satisfatória e contextualiza um pouco melhor o ensinamento na vida do Aranha.
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Partindo desse princípio, fica obvia a ideia do reboot, baseado muito mais na versão ultimate do personagem. É muito legal ver o Peter criando o disparador de teia e o modo com que ele interfere no trabalho do Dr. Connors, que todo mundo já deve ter percebido pelos trailers que trabalhava com o Richard Parker.
A interação entre os personagens aqui é melhor desenvolvida do que na primeira trilogia, sendo que há um motivo, pelo menos aparentemente, para estarem ali, uns por necessidade para a história funcionar e outros apenas para estar em cena, contribuindo de maneira razoável.
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As mudanças em relação ao novo Homem-Aranha são visíveis principalmente pelo desempenho dos atores. Andrew Garfield consegue representar bem o lado nerd e deslocado de Peter Parker e o lado piadista do Aranha, tanto nas cenas dramáticas e quanto de ação. A delícia Emma Stone mostrou que fez muito bem sua lição de casa e construiu uma Gwen Stacy reconhecível a todos que leram ao gibis antigos e também os leitores atuais. Rhys Ifans também faz sua parte de maneira interessante, apesar de certos momentos parecer uma releitura do Duende Verde do primeiro filme. Quanto ao tio Ben e a tia May, Martin Sheen atua de uma forma muito interessante, sendo um paizão que brinca e aconselha de mesma maneira que fica puto e esbraveja com o sobrinho, enquanto Sally Field, ainda que maneira competente, está lá apenas para fazer a mãe preocupada, diferente da tia May que também servia de guia moral nos outros filmes.
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As cenas de ação são muito mais dinâmicas do que antes, mostrando um Homem-Aranha realmente ágil, ainda que milagrosamente bom de briga, graças ao sentido de aranha, mostrado de maneira similar ao que já foi visto, mas de maneira mais discreta. Os momentos em que ele se balança e se pendura nas teias e escala paredes são mais rápidos e fluidos do que antes, alternando entra a visão em primeira pessoa e do espectador, criando bons momento dramáticos, ajudados pelo efeito 3D muito bem feito. As lutas com o Largato são ótimas e a cena com o Stan Lee é realmente sensacional!
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Fazendo um balanço geral, principal defeito do filme é justamente por apostar em algumas coincidências e apenas iniciar a "história não contada", deixando escancaradamente ganchos para a continuação, principal e obviamente na cena pós-crédito, seguindo a regra estabelecida nos filmes de personagens da Marvel e feita de maneira instigante, ao contrário do Sinestro no fim do Lanterna Verde.
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No mérito de atuações, todos os atores estão bem e, apesar de alguns exageros aqui e ali, defendem bem seus personagens, enquanto o roteiro desenvolve relacionamentos e situações legais que respeitam os quadrinhos, mesmo com as adaptações, que não devem incomodar ninguém.
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Nota: 9,5

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