quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Veja as primeiras versões de 17 personagens do cinema
No mundo do cinema, uma ideia pode levar anos para sair do papel. No caso do filme 'Avatar', por exemplo, passou-se mais de uma década entre o dia em que James Cameron teve a ideia para a trama e o momento em que o filme estreou. No meio do caminho, muita coisa pode mudar. O site americano 'Screen Crush' reuniu as primeiras versões de alguns personagens de filmes. E você vê agora como eles poderiam ter sido.
O Chapeleiro Louco de 'Alice' também mudou bastante. Antes, ele não tinha o olhar e nem o cabelo que já viraram características marcantes do personagem de Johnny Depp.
A arte conceitual de 'Avatar' foi desenvolvida há muito tempo. Como a tecnologia utilizada na filmagem usou a captura dos movimentos dos atores, não dava para prever exatamente como seriam os personagens. Mas até que não ficou tão diferente assim.
O Azazel, de 'X-Men: Primeira Classe', também ficou completamente diferente da primeira versão. Melhor ou pior?
O conceito do figurino de Ravenna em 'Branca de Neve e o Caçador' mudou muito do rascunho até a versão definitiva.
O astronauta de brinquedo mais querido do cinema tinha traços mais infantis. Graças às mudanças feitas pela equipe da Pixar, Buzz ('Toy Story') ficou do jeito que conhecemos hoje.
O Chewbacca de 'Star Wars' era menos peludo - e seu rosto lembrava a máscara do Hannibal Lecter, percebeu?
Nesta versão, Emma Frost parecia feita de gelo e era a cara da Jessica Alba.
A versão jovem do Fera em 'X-Men - Primeira Classe' era um pouco mais parecida com o personagem dos quadrinhos.
Veja só como seria o bom e velho Hagrid, da série 'Harry Potter'.
O vilão de 'Vida de Inseto' também ficou diferente. Os olhos cresceram e o tórax do gafanhoto, bem menos proeminente.
O Surfista Prateado do segundo filme do 'Quarteto Fantástico' é uma versão mais bombada do rascunho, que mostrava um herói meio magrelo e amórfico.
Mais 'Star Wars'. Dá para dizer que a versão final de Jabba ficou praticamente igual ao rascunho. Os dois empatam em feiúra.
As armas do vilão de 'Homem de Ferro 2' não mudaram tanto assim. Já os cabelos...
Trailer da websérie Batgirl: Spoiled
E quando você menos, espera, a Warner…
…Não faz porra nenhuma, já que essa produção é totalmente independente e feita por fãs. A websérie é inspirada na série da personagem escrita por Bryan Q. Miller e é cheio de personagens da DC. Na história, depois de meio que se estranhar com Batman e Oráculo, a Batgirl vai rever seus conceitos e seu lugar em Gotham e no mundo. Assim, ela vai atrás de vários heróis em busca de conselhos, enquanto ainda tem que lidar com as questões de sua vida cotidiana fora do uniforme.
Esta Batgirl, obviamente, não é Bárbara Gordon (que na série é Oráculo), e sim Stephanie Brown, a ex-Salteadora. Confiram aí o trailer da Websérie:
Pelo que eu vi, a websérie ainda não tem data de estreia, mas vocês podem conferir mais informações no Facebook. É aquela coisa, por pior que seja, ainda consegue ser muito mais fiel à HQ do que as adaptações oficiais da Warner.
Mitos Cinematográficos: Filmes do Stanley Kubrick São Unânimes
Nelson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra. Eu digo que ela simplesmente não existe. É pura ilusão. Ninguém pode realmente agradar todo mundo. Nem mesmo um gênio como Stanley Kubrick.
Revoltado por Kubrick ter simplesmente cortado o final da obra original de 1962 – em queAlex amadurecia e começava a se questionar sobre os rumos de sua vida – Burgess inventou uma forma bastante criativa pra se vingar. Ao adaptar Laranja Mecânica como peça de teatro ele bolou uma cena que não havia no livro – e muito menos no filme – aonde a gangue de Alex espanca na rua… O CINEASTA STANLEY KUBRICK. HUAHUAHIUAHIUA!!!!!!!!!
Aliás, boa parte da genialidade de Laranja Mecânica é mérito do Anthonny Burgess, ainda que popularmente os louros muitas vezes recaiam sobre o Kubrick. O escritor não só criou a história e a crítica sócio-política como bolou toda aquele idioma singular falado pelos droogs. O longa sofreu fortes censuras em países como o Brasil – em plena ditadura militar – tendo as genitálias femininas cobertas por tarjas pretas.
Aliás, boa parte da genialidade de Laranja Mecânica é mérito do Anthonny Burgess, ainda que popularmente os louros muitas vezes recaiam sobre o Kubrick. O escritor não só criou a história e a crítica sócio-política como bolou toda aquele idioma singular falado pelos droogs. O longa sofreu fortes censuras em países como o Brasil – em plena ditadura militar – tendo as genitálias femininas cobertas por tarjas pretas.
Irritado com as críticas sobre o conteúdo violento da obra no Reino Unido, Kubrick mandou tirar o filme de cartaz decidido a que ninguém mais o visse até sua morte, coisa que felizmente não aconteceu. Isso não impediu que livro e filme se tornassem parte do folclore da cultura pop moderna. Impossível não ver influência de Laranja Mecânica em Crise de Identidade, por exemplo, a melhor HQ que eu já li sobre os heróis da Liga da Justiça.
O’Neal teve bons papéis no cinema, mas tinha limitações naquela época. Evidentemente ele não era a pessoa mais indicada pra esse projeto ou pro estilo do Kubrick e Barry Lyndon é sem dúvida a obra do diretor com a pior atuação de um protagonista. Agora imagine ver um longa extremamente lento e meditativo com o herói fazendo cara de paisagem o tempo inteiro.
Segundo o blog do Luis Carlos Merten a crítica Pauline Kael disse que se tirassem as piadas e a alegria de As Aventuras de Tom Jones o resutado seria Barry Lyndon., e que Kubrick se limitara a filmar objetos de arte para tornar seu filme chique. As Aventuras de Tom Jones é filme de época dirigido por Tony Richarson em 1963, com um tema parecido – as aventuras de um alpinista social e amante – com um ator muito melhor como protagonista,Abert Finney.
O autor do livro, Stephen King, mais uma vez não se agradou da adaptação feita por Kubrick. Acredito que o principal motivo de insatisfação do escritor é que a relação entre pai e filho foi totalmente modificada por Kubrick. Quando King pode, produziu uma mini série para a televisão em 1997 com uma versão segundo ele mais fiel ao original e essa sim é um terror… de tão ruim.
“Alguém pode me dizer do que se trata isso?”
Nesse caso, porém não ouvi conflitos com o autor do livro. Arthur C. Clarke foi co-autor do roteiro, o transformou em romance e, com o sucesso do longa metragem, escreveu outros livros continuando a história. Um deles até gerou outro filme, 2010 – O Ano em Que Faremos Contato. Mas a genialidade de 2001 em todas as suas idiossincrasias é muito mais mérito do Kubrick, tanto que boa parte da crítica considera tanto este como Dr. Fantástico de 1964 – que conta com uma interpretação arrebatadora do Peter Sellers – as maiores obra-primas dele.
Malcown Macdowell sofreu nas mãos do diretor. O ator arranhou a retina e quase ficou cego ao interpretar Alex em Laranja Mecânica – na cena do Processo Ludovico o médico que acompanha Alex era médico de verdade para zelar pelo bem-estar dele – e Kubrick só pôs uma cobra numa cena do filme porque Macdowell tinha medo do animal. Por desentendimentos com Marlon Brando o cineasta também abandonou a produção de A Face Oculta, em 1961, que seria seu único western.
“Ele não copiou ninguém, enquanto todos nós corríamos para imitá-lo.”
Confira abaixo um video mostrando o chamado “ponto de fuga”, encontrado em diferentes filmes de Kubrick, onde ele conseguia transmitir exatamente a perspectiva que queria para o público.
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