Surgida em 1992 e lançada pela
Image Comics, a série
mostrava as aventuras de um grupo de mutantes perseguidos por uma
empresa de bioengenharia que os sequestrou e usou como cobaias em
experiências que lhes deram implantes biônicos e aumentaram seus
poderes. Ao fugirem, uniram-se como a Cyber Force. Dentre seus membros
estavam Morgan Stryker, o líder do grupo, Velocidade (Velocity),
Balística (Ballistic), Ripclaw, Cyblade, Impacto e Termal.
“As ideias para a Cyber Force se adequam melhor ao mundo de hoje, muito mais fluido do que o de 20 anos atrás”, explicou Silvestri durante a San Diego Comic Con 2012.
“A fusão literal de natureza e tecnologia é um futuro que agora todos nós conseguimos ver chegando.”
A nova série será um
reboot e, como tal, começa a partir do
zero e anula os acontecimentos anteriores. Neste projeto, Silvestri
atuará como co-escritor e diretor de arte da série. Junto a ele estão o
atual presidente da
Top Cow – o estúdio fundado por Silvestri dentro da editora Image Comics –
Matt Hawkins, com quem ele dividirá o roteiro, e
Khoi Pham, o artista da série.
Segundo Silvestri, sua intenção com a nova série dos ciborgues
mutantes é causar questionamentos no leitor ao mesmo tempo em que
proporciona uma empolgante aventura de ação.
“Pela primeira vez na história, a espécie humana e sua inteligência estão ultrapassando a evolução”, explicou.
“São
necessários centenas de anos para nos adaptarmos às mudanças, mas o que
conquistamos tecnologicamente nos últimos 100 anos interrompeu
completamente nossa habilidade de evoluir e, consequentemente, de
sobreviver. Em outras palavras, estamos criando um mundo de maravilhas e
conveniências ao qual não podemos sobreviver. Este dilema é o coração
sobre o que é Cyber Force”. Além disso, o quadrinhista disse que
irá explorar ideias que tinha no início da trajetória do grupo na década
de 90 e que acabaram não sendo feitas.
Uma das grandes mudanças para o
reboot será o visual da série, que lembrará bastante o gênero literário
steampunk.
“Sou um grande fã do steampunk industrial, do design lustroso e futurista de Syd Mead e da estética tecnoorgânica de H.R. Giger”, disse Silvestri.
“Como
tudo isso já foi feito, eu precisava ajustar um pouco as coisas. Além
disso, eu não queria que a Cyber Force estivesse presa a um gênero
visual. Então criei um híbrido desses três. Quando vi o que estava
saindo, o melhor termo que pude encontrar foi ‘bio-cybernetic steampunk’
[algo como steampunk bio-cibernético]. O resultado é um visual que não
parece tão robusto, tão astuto e nem tão piegas.”
De acordo com o autor, tanto os personagens quanto o mundo de Cyber
Force é belo, mas ao mesmo tempo perturbador, calmo e ainda assim cheio
de tensão.
“Como um relógio preciso, todas as peças se pressionam e
se movem umas contra as outras, mas se encaixam perfeitamente e fazem
tudo seguir adiante”, explicou.
“Algo como a própria natureza,
mas nesse caso foi feito pelo homem e distorcido pela nossa necessidade
de melhorar o que não precisa ser melhorado.”
Outra característica que merece destaque é que as edições serão
produzidas com o dinheiro obtido pelo o site de financiamento coletivo
Kickstarter. A ideia é distribuir as cinco primeiras edições da série gratuitamente, da mesma forma que acontece no
Free Comic Book Day, o dia no qual as editoras dos EUA distribuem uma edição específica aos leitores. Nas
comic shops,
os leitores poderão pegá-las de graça, mas no site do Kickstarter
haverá versões exclusivas de capas de cada edição e a versão em capa
dura.
Adorei a ideia! Só não sei dizer se é porque fui adolescente quando
Cyber Force foi lançada, se porque sou fã do Silvestri ou se porque
adoro o gênero
steampunk. Seja como for, a Cyber Force original
trouxe muita diversão para mim e fiquei feliz ao saber que ela será
retomada de uma maneira que achei ainda mais legal. Não sei se há
chances desse material chegar ao Brasil, mas vou ficar atento ao
lançamento nos EUA.
Confira abaixo os esboços e estudos de personagens da nova série: