Ted pega o velho estilo de MacFarlane em brincar com algum enredo tradicional da cultura pop e parodiá-lo. No caso, como um típico filme infantil nos anos 80, ele pega o desejo de uma criança, que realiza algo fantástico e gera a premissa do filme: um urso de pelúcia que ganha vida. Mas e se esse urso crescesse junto com o menino? Que tipo de “adulto” se tornaria? Um ursinho desbocado, que curte o sexo mais sujão possível e que não dispensa uma maconha porque ninguém é de ferro…
Esse “Pinóquio peludo” conta com a voz irresistivelmente cômica de MacFarlane, que gera até uma piada com Peter Griffin. Ted é uma espécie de escada e âncora para John Benett(Mark Wahlberg, fazendo o que faz de melhor: canastrices). Se por um lado, ajuda o cara a superar todas as fases difíceis da vida, também impede que ele amadureça ao lado de Lori Collins (Mila Kunis, maravilhosa no papel). Enquanto isso, Rex (o ótimo Joel McHale), chefe de Lori, segue em cima para azarar a moça.
Ted é engraçado pra burro. Morri de rir o filme todo, especialmente no minuto final. Se você for nerd e/ou gostar de Family Guy vai ser impossível não rir bagaraio. Mas o filme inteiro poderia ser o piloto de uma série de TV ao invés de algo da a sétima arte. Pra quem não acha que há diferença, há textos como este que servem para aprofundar o assunto.
Resumindo: na hora de emocionar, de trazer envolvimento emocional com os personagens, MacFarlane usa recursos cinematográficos. Mas para fazer rir muitas vezes usa uma linguagem mais televisiva. A cena em que Benett encontra Sam Jones e quando relembra doprimeiro encontro com Lori são exemplos de quando usa seu talento para fazer cinema.
Nota: 7,5
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