terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ted - Diversão nos cinemas


Quem curte as criações de Seth MacFarlanne vai prestar atenção em qualquer declaração, gesto ou arroto do autor de Family Guy e outras divertidas criações. E se for um filme? Ferrou,tenho que ver isso
Ted pega o velho estilo de MacFarlane em brincar com algum enredo tradicional da cultura pop e parodiá-lo. No caso, como um típico filme infantil nos anos 80, ele pega o desejo de uma criança, que realiza algo fantástico e gera a premissa do filme: um urso de pelúcia que ganha vida. Mas e se esse urso crescesse junto com o menino? Que tipo de “adulto” se tornaria? Um ursinho desbocado, que curte o sexo mais sujão possível e que não dispensa uma maconha porque ninguém é de ferro
Esse “Pinóquio peludo” conta com a voz irresistivelmente cômica de MacFarlane, que gera até uma piada com Peter Griffin. Ted é uma espécie de escada e âncora para John Benett(Mark Wahlberg, fazendo o que faz de melhor: canastrices). Se por um lado, ajuda o cara a superar todas as fases difíceis da vida, também impede que ele amadureça ao lado de Lori Collins (Mila Kunis, maravilhosa no papel). Enquanto isso, Rex (o ótimo Joel McHale), chefe de Lori, segue em cima para azarar a moça.
Um dos maiores desafios de qualquer autor de uma mídia é migrar para outra. Há escritores excelentes que não se tornam bons roteiristas, grandes diretores de cinema que tem dificuldades de lidar com as exigências da TV e por aí vai. Tinha dúvidas se MacFarlane conseguiria fazer essa migração e… Bom, as dúvidas meio que continuaram.
Ted é engraçado pra burro. Morri de rir o filme todo, especialmente no minuto final. Se você for nerd e/ou gostar de Family Guy vai ser impossível não rir bagaraio. Mas o filme inteiro poderia ser o piloto de uma série de TV ao invés de algo da a sétima arte. Pra quem não acha que há diferença, há textos como este que servem para aprofundar o assunto.
Resumindo: na hora de emocionar, de trazer envolvimento emocional com os personagens, MacFarlane usa recursos cinematográficos. Mas para fazer rir muitas vezes usa uma linguagem mais televisiva. A cena em que Benett encontra Sam Jones e quando relembra doprimeiro encontro com Lori são exemplos de quando usa seu talento para fazer cinema.
Tenho como ponto de partida de qualquer resenha sempre julgar o que um filme quer fazer ao invés de colocá-lo em uma escala de melhores filmes que vi na vidaTed é divertido, vai agradar todos os fãs das criações de MacFarlane e mesmo quando tem um jeitão de TV, parece valer o ingresso.
Nota: 7,5

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