segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Padilha nas garras da OCP


Pois então, nerdaiada… Já estávamos alertando o fato do José Padilha, um diretor cucaracha, estar se aventurando pelo megacorporativo mundo dos blockbusters americanos poderia “dar merda, capitão…”
O lance é que depois de alguns boatos de que José Padilha está sofremdo nas mãos dos produtores foi confiirmada pelo seu grande amifgo e também diretor Fernando Meirelles, numa entrevista à revista Trip ele disse o seguinte:
Ele está dizendo que é a pior experiência da vida dele. De cada dez ideias que ele tem, nove não são aceitas pelo estúdio. Qualquer coisa que ele quer colocar no filme, tem que brigar. “Isso aqui é um inferno“, disse ele para mim. “O filme vai ficar bom, mas eu nunca sofri tanto… não quero fazer isso de novo“. Ele está amargurado, mas é um lutador.
O que eu acho? Pois é, levanta a placa “Eu já sabia!”… Caras, toda vez é assim Hollywood chama diretores de fora da panela e oferecem pra eles uma mega oportunidade de produzirem um blockbuster… Mas na verdade os caras não mandam porra nenhuma, e justamente por terem pouca representatividade acabam sendo manipulados mais ainda do que os diretores made in USA.
Não lembram do primeiro filme do Wolverine? O diretor sulafricano Gavin Hood tava com moral por ter feito uma espécie de “Cidade de Deus” (Tsotsi) e ganhou muitos elogios, aí foi lá fazer o Wolverine e o resultado foi que ele teve cenários e filmagens alteradas por produtores quando ele viajou pra filmar em outro lugar, além do filme ter sofrido uma reedição total, reconvocação do Ryan Reynolds pra fazer cenas novas como o Deadpool sem boca no final do filme (papel que era do Scott Adkins, que acabou tendo só as cenas de ação aproveitadas) e um diretor novo pra rodar essas cenas de ação e remontar o filme todo…
Não sei se o filme do Wolverine imaginado pelo Gavin Hood seria bom, mas se fosse uma merda, pelo menos seria uma merda que o diretor quis fazer, e não uma merda e que um monte de produtores fizeram o favor de “melhorar e salvar” pra resultar naquela enorme e fétida pilha de fezes fumegantes.

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