quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

All New X-Men ! ELA VOLTOU!!!

                             
por Kinhu Heck

A principal revista mutante na Marvel Now! já trouxe uma importante personagem da história dos X-Men de volta a vida. Entretanto, o aclamado roteirista da história, não satisfeito, promete ir mais longe ainda na caminhada do retorno.
A trama de All New X-Men, escrita por Brian Michael Bendis, gira em torno dos cinco X-Men originais, vindos diretamente do passado. Ou seja, Jean Grey uma vez mais caminha entre os vivos. Mas isso que todos nós já sabemos. Meses atrás a Marvel divulgou a capa da sexta edição da revista, e nela podemos ver a jovem Jean visualizando fotografias do passado da sua Jean futura (confuso, hein?). Confira:




Os leitores mais antigos vão lembrar que quando a Jean voltou pela primeira vez, após a Saga da Fênix Negra, ela voltou sem boa parte de sua memória, e só a re-estabeleceu ao absorver a psique de Madelyne Pryor. Algo semelhante está para acontecer agora. Será que teremos uma Jean jovem, com o conhecimento e memórias totais da Jean do presente? Confira a imagem:





Ou seja, Avengers Vs. X-Men não foi um grande retcon, como muitos alardearam. O passado da Jean não foi intocado. E Bendis está seguindo muito bem a cronologia. A arte de All New X-Men é de Stuart Immonen. A revista em questão deverá ser lançada em fevereiro. Mas a todo momento temos mais migalhas sendo distribuídas por Bendis. A mais recente é a bela capa Olivier Coipel onde a jovem Jean Grey vai descobrindo seu destino como Fênix. Assim como ela, vamos tentar entender a importância dela dentro dos X-Men.
Com as reformulações nos X-Men e a entrada de personagens como Tempestade, Wolverine e Colossus, fizeram com que os X-Men originais ficassem meio apagados, após alguns número alguns deles saíram da equipe.

Foi aí que finalmente fizeram algo decente com a Jean, deram os poderes de uma deusa para ela, ao tentar salvar a vida de seus companheiros de uma chuva de tempestade solar, Jean Grey alcança um nível tão grande de poder que acaba recebendo a entidade conhecida como Fênix.
De Garota Marvel para Fênix, foi uma mudança radical e todos X-Men perceberam o quanto essa mudanças os estavam afetando e aí começou a via crucis com a aparição do Clube do Inferno, a transformação de Jean para Fênix Negra e a derradeira batalha com o Império Shiar que resultou na morte de Jean. Simplesmente um épico dos quadrinhos, a boa menina que de repente se vê com o poder de uma deusa, não suporta tamanha magnitude de poder, enlouquece, destrói um universo e no fim decide morrer como uma humana, se sacrificando para que seus companheiros não sofressem mais por causa dela e nem que seu planeta pudesse ser alvo de sua ira.
O que poderia ter acabado de maneira grandiosa não aconteceu, a Marvel ressuscitou Jean Grey pela primeira, de muitas ressurreições, e com essa ressurreição o “samba do crioulo doido” teve início na família Grey-Summers. Ciclope estava casado com Madelyne Pryor e teve um filho com ela no período que Jean estava “morta”; depois descobre-se que Madelyne é um clone de Jean; Nathan, o filho de Madelyne com Ciclope é levado ao futuro e volta como Cable; Jean e Ciclope tem uma filha que vem de um futuro chamada Rachel e por aí vai.
Nos anos 90, o casal alcançou certa tranquilidade, pois nada acontecia com eles, eles sempre estavam bem e felizes, nunca entendi como isso poderia funcionar no mundo real. Foi quando Ele chegou.

Ele a quem me refiro é Grant Morrison, que do alto de sua ousadia fez o que ninguém esperava, mostrou o quão defasado era o relacionamento dos dois. Ao colocar Emma Frost na equipe, Morrison criou o triângulo amoroso mais interessante dos quadrinhos, pois na medida que Ciclope amava e respeitava Jean, ele ao mesmo tempo se via tendo encontros psíquicos casuais com Emma Frost, até quando culminou no flagra de Jean pegando Ciclope semi-nu e Emma Frost vestida de Fênix Negra (memorável!).
Entendam, Morrison simplesmente mostrou aos leitores como todo esse tempo (em que Jean e Ciclope estiveram juntos, naquela perfeição), que seu relacionamento já estava defasado, que eram muito mais amigos do que um casal, Jean não oferecia mais a Ciclope o que precisava como homem – enquanto Emma sim.
Morrison achou melhor matar Jean, o que foi um lance de mestre! Com a morte de Jean, Ciclope se vê sem amarras para tentar um novo relacionamento com Emma, o que para surpresa de todos tem se mostrado muito mais ousado do que o dele com Jean, afinal Emma é praticamente o oposto dela.
Até agora a Marvel havia deixado Jean morta. Entra em cena uma Jean totalmente fora de tudo que foi descrito acima, mas ao mesmo tempo consciente do que fora seu papel. Além de conviver com alguém que de alguma maneira alterou toda história dos mutantes, e ao mesmo tempo ter sua versão mais jovem, idealista, esforçada e tímida, no caso Scott Summers. As possibilidades são infinitas! Bendis adorou ler o material antigo de Kirby e Lee. Fazer com que as duas gerações totalmente distintas fiquem entrelaçadas podem ser a resposta que todos os fãs dos mutantes queriam mais de uma década: UMA VERDADEIRA REVOLUÇÃO !
Assim como JJ Abrams fez com a franquia StarTrek ao trazer de volta o núcleo pulsante dos personagens originais. Talvez os mutantes, também, devam dar uma chance ao passado para poder dar um novo fôlego para seu futuro.

Para encerrar uma capa variante com os Marvel Zombies

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