O episódio exibido em 20 de novembro nos EUA da série de TV The Walking Dead gerou enorme discussão entre fãs e organizações anti e pró-aborto.
No episódio, uma das personagens, que se descobriu grávida em meio ao apocalipse zumbi, decide encerrar sua gravidez tomando um punhado de pílulas do dia seguinte.
O que incomodou o público foi a suposta desinformação propagada pelo programa, que pode levar à tentativa de uso como abortivo de pílulas do dia seguinte. O blog da Associação Americana pelos Direitos Civis (ACLU) questionou se a série não deveria ter checado fatos antes de exibir algo potencialmente nocivo para a saúde pública.
Glen Mazzara, produtor executivo de The Walking Dead, manifestou-se sobre o caso aoDailyBeast. "Os produtores e roteirisas de The Walking Dead têm total conhecimento de que pílulas do dia seguinte não induziriam um aborto. Nós exercemos nosso direito de liberdade artística criativa para explorar uma história com uma de nossas personagens, sem tomar qualquer partido na questão pró ou contra o aborto. Nós sinceramente esperamos que as pessoas não estejam usando nosso programa como fonte de informações médicas precisas", declarou.
Outro assunto do programa, a descoberta de zumbis sendo mantidos em cativeiro, também incita a discussões sobre aborto e o direito à vida. Enquanto alguns personagens dizem que zumbis não devem ser mortos, que eles "ainda são pessoas", outros, que costumam matá-los a cada encontro, garante que eles "não são mais pessoas", em uma inversão do debate do aborto.
A segunda temporada de The Walking Dead é exibida no Brasil pelo canal pago Fox e pela AMC nos EUA.
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