Tudo que você tem de saber sobre o Bandeiroso
O personagem foi criado por Joe Simon e Jack Kirby e estavam tão certos do sucesso que o colocaram em uma revista própria, o que era incomum. O supersoldado da Marvel estreou em Captain America Comics 01, em março de 1941, numa revista de 60 páginas, com quatro histórias.
Sucesso imediato! Os EUA estavam prestes a entrar na Segunda Guerra Mundial, Hitler era o grande vilão de seu tempo e o Capitão América cumpriu o papel de representar simbolicamente todo aquele contexto.
baixo, um verdadeiro apanhado da vida do bandeiroso:
Anos 1940 e 50:
Capa de "Captain America Comics" de 1941: o herói esmurra Hitler.
O herói mostrava a que vinha logo na estreia: a primeira capa o trazia esmurrando Adolf Hitler em pessoa. O número 01 tinha a origem, confrontos com espiões nazistas, uma ida à Alemanha para esmurrar o ditador e, também, as primeiras aparições do parceiro mirim (moda da época) Bucky Barnes e o arquiinimigo Caveira Vermelha.
Simon e Kirby produziram apenas as nove primeiras edições da revista e saíram da editora, substituídos por outros, como Stan Lee em início de carreira e o artista Syd Shores.
Com o fim da Guerra, em 1945, o personagem perdeu popularidade, tendo suas histórias canceladas em 1950. Pouco depois, entre 1953 e 1954, a Marvel tentou publicar o Capitão de novo, mas também não deu certo. Stan Lee esteve à frente, junto ao jovem John Romita.
Anos 1960:
Avengers 04
Capa de "Avengers 04": primeira aparição moderna do Capitão América. Arte de Jack Kirby.
A história moderna da Marvel começa em 1961, quando Stan Lee e Jack Kirby criaram o Quarteto Fantástico. Em seguida, novos personagens surgiram: Hulk, Thor, Homem-Aranha, Homem de Ferro, Os Vingadores, X-Men…
Nesse meio, heróis do passado também voltaram e em Avengers 04, de 1964, Lee e Kirby contaram a história em que os Vingadores encontraram o Capitão América congelado no gelo desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Assim, estava tão jovem quanto antes, mas em um mundo totalmente diferente.
Foi um grande sucesso e o personagem logo passou a liderar os Vingadores. Lee e Kirby também passaram a escrever histórias individuais do Capitão América nesse novo contexto, na revista Tales of Suspense, entre os números 59 e 99.
No número 100, em 1968, a revista mudou de nome para Captain America e nessa fase foram criadas as células terroristas Hydra e IMA; e inúmeros vilões, como Modok, Baltroc e o Super-Adaptóide, além do retorno do Caveira Vermelha. Ainda foi criado o Falcão, um super-herói negro, que passa a atuar como parceiro do herói.
Com sua arte deslumbrante, Jim Steranko foi um substituto à altura de Jack Kirby.
A partir de 1969, Kirby começou a se afastar do título até sair no ano seguinte, sendo substituído por Jim Steranko e John Romita.
Na maior parte dos anos 1970, a arte clássica de Sal Buscema predominou.
Anos 1970:
Stan Lee continuou escrevendo as histórias com desenhos de Gil Kane.
Em 1972, a revista foi assumida pelo escritor Steve Englehart e o desenhista Sal Buscema, que ficaram até 1975. Mais jovem que seus predecessores, Englehart adicionou elementos mais realistas às histórias e envolveu o personagem em uma “teoria da conspiração” cujo líder era ninguém menos do que o Presidente dos Estados Unidos (sem nome, mas desenhado com o rosto de Richard Nixon). A chamada Saga do Império Secreto é um dos grandes marcos cronológicos do herói e o levou a se desiludir com seu país e assumir a identidade de Nômade, com outro uniforme, durante curto período.
Desiludido, Steve Rogers se torna o Nômade por um curto período. Metáfora da crise do Watergate nos quadrinhos.
Englehart também criou uma explicação para as aventuras do Capitão nos anos 1950 (pois, se ele estava congelado desde o fim da Guerra, em 1945…): com o herói dado como morto após um acidente, o Governo colocou um substituto em seu lugar.
Em 1975, Jack Kirby voltou à Marvel após uma temporada na DC e, então, escreveu e desenhou o título do Capitão América por quase dois anos. Sua temporada foi marcada por muitas tensões sociais, capitaneadas pelo personagem Falcão e o Harlem. Entre 1977 e 1980, a revista foi assumida por Roger McKensie e Sal Buscema voltou aos desenhos. O grande marco dessa época foi a morte da Agente 13 da Shield, Sharon Carter, a namorada do herói.
Anos 1980:
A dupla Stern e Byrne recontam a origem do personagem em 1980. A fase foi editada em "Os Maiores Clássicos do Capitão América vol. 01" da Panini.
Após um período de baixa, o Capitão América voltou ao sucesso em1980 com a curta temporada do escritor Roger Stern e o escritor/desenhista John Byrne. Em apenas nove edições, a dupla recontou a origem do personagem, lhe deu uma vida social (estabelecendo-o no Brooklin), uma nova namorada (Bernie Rosenthal) e quase foi candidato à presidência dos EUA.
O personagem muda de uniforme em conflito com o governo. Capa de "Captain America 337" por Tom Morgan em homenagem à "Avengers 04".
Em seguida, a dupla J.M. DeMatteis e Mike Zeck manteve a “bola alta” em aventuras repletas de abordagens psicológicas e temas delicados, como envelhecimento/morte, perseguição de minorias étnicas (negros por meio do Falcão; judeus por meio de Bernie) e homossexualidade. Matteis terminou expulso do título por discordâncias com os editores.
A partir de 1985, o editor Mark Gruenwald assumiu os roteiros da revista por dez anos ininterruptos. Na primeira fase, com desenhos de Paul Neary, investiu em temas mais políticos, mostrando que o Capitão América não era um alienado ufanista, mas alguém que buscava um ideal de liberdade. Num segundo momento, com Tom Morgan na arte, colocou o herói mais uma vez abandonando o uniforme: desta vez para não trabalhar para o Governo. Durante alguns meses, atuou com o nome de Capitão e um uniforme negro, enquanto um jovem Capitão América assumia o seu lugar. Mas quando este se mostrou desequilibrado e perigoso, o governo se arrepende.
Ossos Cruzados: Gruenwald e Dwyer criam um oponente físico para o herói.
A melhor fase de Gruenwald se deu em seguida, com desenhos de Kieron Dwyer e uma trama que trazia de volta (após muitos anos) o Caveira Vermelha, bem como o surgimento de Ossos Cruzados, um oponente físico digno do herói. Ron Lin assumiu os desenhos em uma fase ainda boa, colocando o Capitão América e sua nova namorada, Rachel Leighton, a ex-vilã Cascavel (Diamondback, em inglês), em combate com uma gangue de criminosos chamada Esquadrão Serpente.
Nessa fase, o herói namorou a ex-criminosa Cascavel
Anos 1990:
Os roteiros de Gruenwald começaram a mostrar cansaço e, rapidamente, a qualidade caiu. Pouco se aproveita desse terceiro momento, desenhado por Rik Levins e Dave Hooper, muito menos um Capitão América de armadura.
A fase de Waid e Garney está disponível no Brasil no encadernado "Operação Renascimento". Bom momento do personagem.A Marvel convidou o escritor de sucesso Mark Waid e o desenhista Ron Garney para assumirem o título e dar-lhe novo fôlego. Deu certo e o primeiro arco da dupla, Operação Renascimento, em 1995, é um clássico contemporâneo do personagem.
Nessas histórias, Waid e Garney trouxeram Sharon Carter de volta, mostrando que sua morte havia sido um embuste.
Para muitos, a fase de Loeb e Liefeld, em 1995, é o ponto mais baixo da carreira do personagem.
Porém, a editora preferiu colocar o badaladíssimo desenhista Rob Liefeld para comandar a revista por um ano. Com roteiros coescritos por Jeph Loeb, esta fase foi massacrada por público e crítica. Waid e Garney foram trazidos de volta para o arco Herói sem pátria, desenhado junto com Andy Kubert, entre 1998 e 2000, que é bom, mas não excelente.
Anos 2000:
Nos primeiros anos da década, o ufanismo pós-11 de setembro prejudicou as histórias. O escritor/desenhista Dan Jurgens e a dupla John Ney Rieber e John Cassaday foram os responsáveis por este momento.
A arte realista de John Cassaday, em 2002, mudou a forma de desenhar o Capitão América: as escamas da cota de malha detalhadas e ausência de sunga sobre a calça.
Essa fase desagradou o público, então, em 2005, a Marvel zerou a numeração da revista do Capitão América e colocou uma nova equipe: o roteirista Ed Brubaker e os desenhistas Steve Epting e Mike Perkins. Esta fase caminha junto com a série Novos Vingadores de Brian Michael Bendis
A saga de Brubaker e Epting está entre as melhores coisas que a Marvel publicou nos anos 2000.
Os roteiros fantásticos de Brubaker e a arte realista de Epting imprimiram fortes imagens nos leitores e o Capitão América voltou a ser um dos principais personagens da editora e (um feito maior ainda) a ser uma das revistas de maior sucesso da casa.
A atual fase do Capitão América ( vol 5 )
Sem mudanças drásticas de cara, Ed Brubaker assumiu os roteiros do herói com um novo número 1 e em poucas edições fez o personagem voltar a cair no gosto não só dos leitores, mas também da crítica, de forma mais do que merecida. Sem cair na armadilha de mudar tudo no universo do protagonista, Brubaker simplesmente pegou alguns dos melhores elementos de toda a carreira do herói: Caveira Vermelha, Falcão, Sharon Carter, Dr. Faustus, os Invasores, Arnim Zola, Ossos-Cruzados e tantos outros personagens, e formulou uma enorme trama que se desenvolve até hoje nas histórias publicadas
Embora pouca gente acredite, não é necessário inventar novidades mirabolantes para criar boas histórias, o que é necessário é o simples talento, coisa que Brubaker sempre apresentou, seja com personagens famosos ou desconhecidos. Prova disso é que seu início em Capitão América usou um dos temas mais batidos da carreira do herói, a obsessão do Caveira Vermelha em usar o todo-poderoso Cubo Cósmico. O que poderia ser visto como inovação, na verdade é uma reciclagem de uma idéia tentada várias vezes, ou seja, o retorno do supostamente falecido Bucky, agora transformado no soturno Soldado Invernal.
Um retorno do personagem foi ensaiado várias vezes, seja através de manipulações com o próprio Cubo Cósmico, seja na forma de outros Buckys, o que importa é que nesta tentativa definitiva, o resultado foi ótimo. E nem o fato da idéia ter sido usada recentemente na concorrente DC Comics prejudicou o retorno de Bucky, afinal de contas a volta do segundo Robin não foi nada menos do que tragicamente mal escrita, ao contrário do excepcional trabalho de Brubaker.
Mas o surgimento deste Soldado Invernal inseriu diversos aspectos importantes para o sucesso desta fase do Capitão América. O clima de espionagem, talvez mais marcado nas tramas criadas por Jim Steranko, voltou com tudo graças ao personagem e às artimanhas do Caveira Vermelha. Flashbacks alimentaram a nostalgia do leitor, resgatando o tema de “homem fora de seu tempo” que permeou o Capitão América quando as tramas eram feitas por Stan Lee e Jack Kirby. E, talvez o mais importante, o Soldado Invernal apresenta o tom de cinza que não se encaixa de forma alguma na personalidade do Capitão, tornando-se assim um contraponto perfeito para o Sentinela da Liberdade, eliminando o risco de uma descaracterização.
Depois de ser usado de maneira esdrúxula (como todos os personagens envolvidos) na minissérie Guerra Civil, o Capitão América faleceu de maneira surpreendente em sua própria revista, pelas mãos de Brubaker. Passado o susto, veio a preocupação: seria mais uma entre tantas reformulações desnecessárias? A editora teria pressionado o escritor a fazer isso?
A verdade é que Brubaker orquestrou tão bem a morte do herói que, mesmo quem gostava dele, tem dificuldade em encontrar defeitos na trama. No Brasil, os efeitos da morte do Capitão ainda estão sendo sentidos e as histórias do herói seguem mesmo sem ele, com o mesmo espírito e competência que permeiam os roteiros desde o início dessa fase.
Ed Brubaker, afinal de contas, conseguiu o que parecia impossível, tornar popular um herói tido como ultrapassado, trazer dos mortos um personagem (Bucky) sem exageros e de maneira eficaz, e, o mais incrível de tudo, criar as melhores histórias do Capitão América em anos, mesmo quando apresenta diversas edições seguidas sem a presença do personagem!
A primeira é Capitão América – O Soldado Invernal, que traz o primeiro arco em 13 edições de sua revista mensal. A sinopse oficial é a seguinte:
Abalado pela dissolução violenta dos Vingadores, o Capitão América agora se vê diante de estranhas lembranças de seu próprio passado, da época da 2ª Guerra Mundial. Para piorar, o surpreendente assassinato do Caveira Vermelha traz à tona uma lenda da Guerra Fria. Mas quem é o Soldado Invernal? A resposta a essa pergunta mudará para sempre a vida da Sentinela da Liberdade. O roteirista vencedor do prêmio Eisner Ed Brubaker (Criminal) e o ilustrador Steve Epting (Vingadores) dão vida à mais aclamada fase do Capitão América de todos os tempos!Em seguida, vem o segundo arco, Capitão América – Ameaça Vermelha, cuja sinopse oficial é:
Na trilha de seu recém-reencontrado parceiro Bucky, o Capitão América vai à Inglaterra e luta ao lado de dois ex-colegas Invasores — Spitfire e Union Jack — para impedir que o Caveira Vermelha arrase Londres com um pesadelo dos tempos da 2ª Guerra Mundial. Para isso, porém, ele terá de enfrentar inúmeras ameaças, como o novo Grande Mestre, Ossos Cruzados e Pecado, a insana filha do Caveira Vermelha! No segundo volume da fase do premiado roteirista Ed Brubaker (Criminal), novos e surpreendentes desafios aguardam a Sentinela da Liberdade!
CAPITÃO AMÉRICA: RENASCIDO
Mais uma vez, o mundo acredita que o Capitão América está morto, mas sua vida foi salva por alguém que ele julgava perdida para sempre: a agente da SHIELD Sharon Carter, que Steve Rogers viu perecer nas chamas muito tempo atrás! Mas o outrora verdadeiro amor do herói o resgatou apenas para ajudar seu mais mortal inimigo, o Caveira Vermelha, que não pode conquistar o mundo até que ele e o Capitão impeçam Adolf Hitler e o Cubo Cósmico de fazer isso primeirO.
No final, o capitão retorna aos dias atuais, mas refletindo sobre a sua vida e tudo que bucky que assumiu seu manto tem feito, o mesmo decide não retornar a vestir o manto do capitão América, sendo convocado pelo presidente dos Estatos Unidos, após a saga O CERCO a comandar a restruturação das forças aliadas dos EUA, assumindo o codinome de Agente Americano e passando a comandar os Vingadores.
Recentemente, pelos desdobramentos da saga PRÓPRIO MEDO ( edição #4 ) Steve Rogers, após a morte de Bucky como Capitão América, volta a vertir a roupa do CAPITÃO AMÉRICO, numha prova que o HERÓI NUNCA MORRE!
PRINCIPALMENTE EM ANO DO LANÇAMENTO DO SEU TÃO AQUARDADO FILME
Que na minha opinão ñ foi la grande coisa
fonta action e comics
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