Continuando a Retrospectiva, em Agosto o
site Moviefone elegeu os piores remakes que a indústria cinematográfica
já produziu. Todos possuem elementos que foram rejeitados pelos fãs,
entre eles a escolha do elenco, o modo como as cenas foram conduzidas, e
principalmente a transformação da trama em grandes peças de Hollywood.
Encontro Marcado (Meet Joe Black)Ano: 1998 Produção Original: Uma Sombra que Passa, 1931
O
filme conta a história de um milionário que recebe a visita da Morte,
transformada em humana, e faz um acordo: para viver um pouco mais, ele
mostrará à entidade como é a vida. Quando a própria Morte se apaixona
pela filha do magnata, o tempo começa a ficar cada vez mais escasso, o
que pode trazer conseqüências terríveis para todos os envolvidos. O
grande problema de Encontro Marcado seria a extensão dos diálogos,
parados, sem ação e com muito melodrama, algo que não acontecia com Uma
Sombra que Passa, clássico comercial de apenas 71 minutos. A versão de
1998, ultrapassa duas horas e meia de duração.
Mesmo com Jude Law
no papel de um sedutor cafajeste, música tema de Mick Jagger e uma
extensa cena de topless da atriz Siena Miller, o filme teria perdido o
“charme” que o ator Michael Caine exibiu na versão de 1966. O inovador
aqui, era o modo como o personagem conduzia a trama, tornando-se um dos
primeiros anti-heróis da história a ser idolatrado pelas espectadoras do
mundo inteiro. Jude Law, em si, já era um ícone, o que dificultou seu
trabalho para parecer “sexy”.
Matadores de Velhinhas (The Ladykillers)Ano:2004 ,Produção original: The Ladykillers, 1955
Tom
Hanks não teria conseguido salvar a produção que fala sobre mafiosos
que tentam matar uma “velhinha” que desconfia das ações do grupo. O
ator, elogiado por seu trabalho em quase tudo o que faz nas telas,
tentou reproduzir um mesmo “protagonista” do clássico de 1955 e acabou
agradando poucos.
Mark
Wahlberg provou que não consegue arrancar elogios ao atuar em papéis
que já foram de outros atores. Nem Thandie Newton, elogiada atriz de
Crash, teria salvado a produção, fracasso de bilheterias que passou
despercebido no Brasil.
Poseidon (Poseidon) Ano: 2006 Produção original: Poseidon, 1972
Os
efeitos especiais tentaram, mas Poseidon não foi bem recebido pela
crítica, especialmente quando chamaram atores poucos conhecidos de
Hollywood para interpretar importantes papéis e contaram, até mesmo, com
a presença de Fergie como uma cantora morta nos palcos após um acidente
em um navio, que vira de cabeça para baixo em alto-mar.
Planeta dos Macacos (Planet of the Apes) Ano: 2001 Produção original: Planet of the Apes, 1968
Quando
foi anunciado, Tim Burton era considerada a melhor opção para refilmar
um clássico sobre humanos perdidos em um planeta dominado por primatas. O
filme, no entanto, acabou se saindo mais sombrio e fantasioso do que
ele realmente já parecera. Os diálogos de ironia política e diferenças
sociais fizeram com que essa produção fosse levada muito mais a sério do
que a original. Para os fãs, a grande decepção é a exclusão da cena
final, quando a Estátua da Liberdade aparece soterrada na areia.
A Pantera Cor-de-rosa (The Pink Panther) Ano: 2006Produção original: The Pink Panther, 1963
O clássico de 1963 transformou-se em uma comédia escrachada, com Steve Martin no papel principal
e trouxe até Beyoncé como apoio de elenco. Nem a cantora, porém, salvou
A Pantera Cor-de-rosa de ser um filme bem distante do clássico, repleto
de mistério, ironias e referências que muitos cinéfilos idolatram.
Cidade dos Anjos (City of Angels) Ano: 1998 Produção original: Wings of Desire, 1987
Hollywood
não parece ter gostado da versão “moderna” de Wings of Desire, quando
Nicolas Cage interpretou um anjo completamente apaixonado – e punido por
experimentar desejos humanos. Mais que isso, a história, dotada de
referências religiosas e sociais, deu espaço a um romance açucarado,
encabeçado pela atriz Meg Ryan.
Casa de Cera (House of Wax)Ano: 2006 Produção original: House of Wax, 1953
Paris
Hilton é morta neste filme, mas nem isso tirou os fãs da indignação
quando os atores escolhidos e a própria direção transformaram um
clássico do suspense em um típico terror adolescente, nos mesmos moldes
de Pânico e Eu sei o que vocês fizeram no verão passado.
O Chamado 2 (The Ring 2)Ano: 2005 Produção original: Ringu 2
Um
dos motivos pelo qual O Chamado foi elogiado, é porque ele era muito
mais sombrio e complexo do que seu filme original, o japonês Ringu. Na
segunda parte, a história da fita que amaldiçoa a quem a assiste, fez
muitas referências a possessão e o terror psicológico tornou-se fraco,
especialmente quando os diálogos deram espaço a extensas cenas
parecidas, sem ação, tentando tornar-se, talvez, um clássico ainda maior
do que seu primeiro remake.
Godzilla (Godzilla)Ano: 1998 Produção original: Godzira, 1954
Assim como Planeta dos Macacos, a versão norte-americana de Godzilla se leva muito a sério
quando tenta reproduzir efeitos especiais de ponta e mostra um grande
blockbuster, cuja maior referência não são os monstros japoneses
alterados pela radiação da bomba atômica e sim por outras produções como
Jurassic Park e Alien. Os prédios de isopor tomam forma em efeitos 3D e
o monstro de plástico se torna uma verdadeira-obra em CGI, valorizando
muito mais as cenas de perseguição e ação do que o roteiro em si.
Psicose (Psycho)Ano: 1998 Produção original: Psycho, 1998
O
clássico de Alfred Hitchcock manteve muitas cenas parecidas, mas não
agradou pelo simples fato de ter remanescido de um filme idolatrado pela
grande maioria dos cinéfilos. O personagem Norman Bates, de Vince
Vaughn, se afasta do espírito obsessivo que o ator Anthony Perkins fez e
fascinou há muitos. A espera agora, é pelo filme Birds, outro clássico
de Hitchcock, que ganha remake com a atriz Naomi Watts.
Nenhum comentário:
Postar um comentário