quarta-feira, 18 de julho de 2012
Conheça um pouco da historia de Jon Lord, tecladista e fundador do Deep Purple
Nascido Jonathan Douglas Lord em 1941, em Leicester, na Inglaterra, estudou piano clássico quando criança e se mudou para Londres em 1959 com a intenção de realizar uma carreira como ator. Contudo, seu lado musical falou mais forte e, logo, estava envolvido na fortíssima cena de Rhythm and Blues (R&B) de Londres, a mesma que geraria The Rolling Stones, The Animals, The Yardbirds, Eric Clapton, Jimmy Page e Jeff Beck. Já em 1960, participou de sua primeira banda, The Bill Ashton Combo, mais orientada para o jazz; mudando-se em seguida para The Red Bludd’s Bluesicians.
O talento de Lord para as teclas logo chamaram a atenção e passou a complementar sua renda como músico de estúdio (sessionman) para outros artistas, tarefa ao qual também se dedicava Jimmy Page, futuro fundador do Led Zeppelin. O tecladista participou da gravação de algumas canções importantes, com destaque para You really got me, do The Kinks, em 1964.
Em 1963, juntamente a outros membros de sua ex-banda, fundou a banda The Artwood, liderada por Arthur “Artie” Wood. A banda chegou a aparecer na TV e gravar alguns singles, embora sem muito sucesso comercial. A banda ainda mudou de nome para The St. Valentine Day’s Massacre, em 1967, na busca por uma renovação, mas também não deu certo. Após se unir ao irmão caçula de Artie Wood, Ron Wood (futuro membro dos Rolling Stones) em um projeto de curta duração, chamado Santa Barbara Machine Head, Lord se uniu ao baterista e cantor Chris Curtis (do The Searches) e ao guitarrista Richie Blackmore para fundar uma nova banda chamada Roundabout. Curtis saiu pouco depois, mas Lord e Blackmore seguiram em frente.
Em 1968, a nova banda se tornou o Deep Purple, com Rod Evans nos vocais, Nick Simper no baixo, Richie Blackmore na guitarra, Jon Lord nos teclados e Ian Paice na bateria. A primeira encarnação do grupo misturava blues, R&B, covers dos Beatles e a influência sinfônica de Lord para compor um som novo, dado a improvisações instrumentais. A banda flertou com o rock progressivo, antes de enveredar decisivamente com o hard rock que nascia então, com bandas como Led Zeppelin e Black Sabbath. Aliás, Purple, Zeppelin e Sabbath foram a “santíssima trindade” do hard rock em todos os tempos, lançando as bases do que seria, bem mais tarde, o heavy metal.
mas vale destacar que o álbum Concert For Group and Orchestra, de 1969, é uma obra fundamentalmente de autoria de Lord, onde extravasa suas influências sinfônicas e seu amor por Bach. Com a entrada de Ian Gillan nos vocais e Roger Glover no baixo para aquele disco, o Deep Purple entrou em sua formação mais célebre e gravou álbuns clássicos como In Rock (de 1970) e Machine Head (de 1972), que reúnem a maioria de suas canções mais conhecidas.
Paralelamente à carreira com o Purple, Jon Lord também realizou uma discreta carreira-solo, mais orientada para a música sinfônica, com a qual lançou dois álbuns: Gemini Suite, em 1972; e Sarabande, em 1975.
Após o fim do Deep Purple, em 1976, Lord se uniu ao também tecladista Tony Ashton e formou o trio Paice, Ashton & Lord, também com o ex-baterista do Purple, Ian Paice. Contudo, Lord terminaria integrando a banda de outro ex-membro do Purple, o vocalista David Coverdale, entrando para o Whitesnake em 1978.
O Whitesnake era uma banda de hard rock de linhagem mais “leve” que, por isso mesmo, fez bastante sucesso na Inglaterra e emplacou vários hits – embora fossem menos bem-sucedidos nos Estados Unidos. Mas Lord vivia frustrado com a orientação mais comercial da banda e, por isso, saiu em 1984 para se dedicar a uma reunião da segunda – e mais célebre – formação do Deep Purple.
A reunião rendeu discos e turnês e, apesar de algumas baixas – notadamente do guitarrista Richie Blackmore, que foi substituído por Steve Morse – o Deep Purple permaneceu ativo durante todo o restante dos anos 1980 e 1990 e além. Jon Lord se desligou do Purple em 2002, mas a banda continua na ativa, tendo tocado no Brasil em outubro de 2011.
A partir de 2002, Lord passou a se dedicar mais à carreira solo e a seu trabalho sinfônico, tendo lançado discos e vídeos. Inclusive, Lord esteve no Brasil em 2009 para a abertura da Virada Cultural, onde se apresentou com a Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência do maestro Rodrigo Carvalho.
Diagnosticado com câncer em agosto de 2011, o músico vinha se dedicando ao tratamento, mas também lançou um disco recentemente.
font hqrock
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