quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Primeiro pôster de “A Haunted House”


Depois do primeiro trailer, A Haunted House, paródia de Atividade Paranormal, estrelada por Marlon Wayans (As Branquelas, Todo Mundo em Pânico), teve seu primeiro pôster oficial divulgado, confira.

A trama mostra um jovem casal sendo atormentado por um demônio. Malcon busca ajuda de várias maneiras, passando por um Padre até os Caça-Fantasmas.
Nick Swardson, Cedric the Entertainer, David Koechner, Essence Atkins, Dave Sheridan, Liana Mendoza, Jamie Noel, Marlene Forte, Affion Crockett, Robin Thede, Bobbie Lee, Damien Bray e Joel Kelley Dauten também estão no elenco.
Com direção de Michael Tiddes e roteiro de Marlon Wayans e Rick Alvarez, o longa tem estreia marcada para o dia 11 de janeiro de 2013 nos EUA.

As primeiras imagens oficiais de “Velozes e Furiosos 6″


The Fast and the Furious 6, sexto filme da franquia “Velozes e Furiosos”, teve suas primeiras imagens oficiais divulgadas. E como não poderia ser diferente, Vin Diesel e  Paul Walker  são destaques, confira.
Dwayne “The Rock” Johnson, Gina Carano, Rihanna, Luke Evans, Jordana Brewster, Michelle Rodriguez, Tyrese Gibson, Ludacris e Clara Paget completam o elenco.
Dirigido novamente por Justin Li (Velozes & Furiosos 5 – Operação Rio e Velozes e Furiosos 4), o longa tem estreia marcada para o dia 24 de maio de 2013.

Barbara Gordon volta a usar cadeira de rodas no futuro de Batman Inc.


Grant Morrison levará os leitores de Batman Inc. para o futuro na edição que é publicada hoje pela DC nos EUA e em formato digital via Comixology. Batman Inc #5 mostrará um futuro onde Damian Wayne, filho do Batman, assume o manto do pai. Nesse cenário, Gotham possui uma outra pessoa ocupando o cargo de Comissário da Polícia. Ou melhor, Comissária…
 
(imagens via BleedingCool)
Pois é, Barbara Gordon de volta à uma cadeira de rodas. “Cadeira de rodas” é um eufemismo para “tanque de guerra motorizado para um passageiro apenas”, mas tudo bem. É um alento para quem era fã da Oráculo, identidade assumida pela heroína quando perdeu os movimentos das pernas no passado.
Enquanto nós vemos esse futuro, a trama da revista continua no presente, com Bruce Wayne justamente tentando evitar que tudo isso aconteça.
Batman Inc #5 tem roteiros de Grant Morrison e artes de Chris Burnham.

ZombiU ganha trailer de lançamento live-action

O lançamento oficial de ZombiU, jogo de zumbis da Ubisoft feito exclusivamente para oNintendo Wii U, deve ocorrer na próxima sexta-feira, dia 30 de novembro.
Para marcar a data, a Ubisoft lançou um trailer live-action de lançamento do game. O vídeo é uma espécie de vlog de um sobrevivente à epidemia zumbi que atacou Londres no título.
Confira:

Robert Kirkman fala sobre o FPS de The Walking Dead



Em julho, surgiu uma novidade bem legal para os fãs de The Walking Dead E video-games: a franquia ganharia um FPS focado nos irmãos Daryl (Norman Reedus) e Merle (Michael Rooker).
O jogo será desenvolvido pela Terminal Reality e publicado pela Activision. Em conversa com a GameInformer, o criador dos quadrinhos de The Walking Dead e roteirista da série do AMC, Robert Kirkman, falou um pouco sobre o novo game.
Eu sei que existe uma citação minha por aí onde eu digo que seria burro de fazer um FPS de The Walking Dead porque existem muitos jogos do tipo por aí e não haveria lugar para ser competitivo no mercado com isso, além de sempre sermos comparados com Left 4 Dead. Eu acho que o AMC não leu essa citação, mas eu acho que esse jogo será o jogo dos irmãos Dixon. Esses dois personagens não existem nos quadrinhos, então a habilidade de jogar com eles e saber mais sobre eles, que são bem populares na série, pode empurrar o jogo para o topo e transformá-lo numa experiência que vale a pena. É isso que eu espero“, disse Kirkman.
Ele cita o canal americano AMC, que exibe a série, porque o licenciamento do projeto foi tratado direto com o canal e não com Kirkman. “Eu não estou envolvido porque isso é coisa deles, eu só olho e estou ciente da existência [do game]“, explicou o quadrinista. Ou seja: Kirkman basicamente não tem poder nenhum em relação ao jogo, ao contrário do outro game de The Walking Dead, desenvolvido pela Telltale Game.
Intitulado The Walking Dead: Survival Instinct, o game deverá sair para PC, PlayStation 3 eXbox 360 em 2013.

COMO SERIAM OS PERSONAGENS DE GAME OF THRONES DESENHADOS

O artista registrado como Joscomie no DeviantArt resolveu misturar As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin, com o estilo de desenho de um mangá japonês. O resultado é a imagem abaixo, com 39 personagens da série:

Acho que não consegui reconhecer todos, mas devo ter acertado o nome de uns 80%.

J.M. Straczynski diz que a DC não deve prosseguir com Before Watchmen



Desde o seu lançamento, a série Before Watchmen, com prelúdios da graphic novel escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons, tem vendido bem. Apenas quando há algum evento especial (como o final de Avengers vs. X-Men da Marvel ou o Mês Zero da DC) que não há uma minissérie de Before Watchmen na lista das 10 revistas mais vendidas nos EUA. Porém, esse resultado financeiro não deve ser o suficiente para convencer a DC Comics a produzir mais e mais material para expandir o universo de Watchmen.
Em entrevista ao Previews World, o escritor J.M. Straczynski, que escreve três minisséries de Before Watchmen, disse que não acredita que a DC queira produzir mais material desse tipo.
Pelo que eu sei, Before Watchmen fica por aqui. Dan [DiDio] tinha uma visão bem específica do ciclo que ele queria investigar e nunca mencionou nada sobre algum tipo de franquia de longo termo. Não digo que não vá acontecer algum dia, mas eu não acho que esteja no radar dele ou no da DC nesse momento, e se não está no radar deles, então com certeza não está no meu“, explicou o escritor.
Para os fãs brasileiros que queiram conhecer o trabalho de Before Watchmen, podem conferir as minisséries em formato digital no Comixology ou esperar chegar 2013, quando a Panini deverá trazer o conteúdo para o Brasil.

10 coisas que você precisa saber sobre o batman

   
O Batman é um dos super-heróis mais amados e conhecidos da América, e retratou um dos primeiros anti-heróis da história dos quadrinhos. Ao longo das décadas, ele esteve em filmes, videogames e na televisão, e passou por muitas mudanças. Tem também seu romance com o Robin asuhshshhhauhushhua.
Quase todo mundo sabe alguma coisa sobre o Batman, mas há algumas coisas que nem os maiores fãs desconfiam. Confira nessa super lista dez fatos que você provavelmente nunca ouviu falar sobre o homem morcego.
1 – BATMAN, O PISTOLEIRO


O Batman não só se recusa a usar armas de fogo como as odeia completamente. Isso porque foi uma arma que matou seus pais, e por isso ele se recusa a usá-las na sua luta contra o crime. Mas nem sempre foi assim. O criador do herói, Bob Kane, demorou um pouco até refinar o personagem ao que conhecemos hoje.
Nas primeiras edições de Batman, ele era uma espécie de Sherlock Holmes fantasiado, que mais investigava do que lutava – mas sem nunca dispensar as armas de fogo em suas patrulhas noturnas. Bob Kane logo mudou isso, dizendo que o Batman usando armas não parecia correto.

2 – BATMAN E ROBIN, UM CASAL?



Em 1954, o psiquiatra alemão Fredric Wertham publicou o infame “Sedução dos Inocentes”. O livro afirmava que as populares histórias em quadrinhos estavam contribuindo com a delinquência infantil, devido às imagens violentas. A maior parte do livro focava os quadrinhos de crimes e terror, mas as histórias de super-heróis não escaparam ilesas.Nesse livro foi bastante notória a afirmação de que Batman e Robin eram um casal gay. Claro, isso é ridículo, mas muitos pensam que foi motivada por essa afirmação que os escritores resolveram tornar o Batman (ou mais precisamente, Bruce Wayne) em um mulherengo sem vergonha.
3 – HUGH HEFNER


Se existe algo pelo qual Hugh Hefner é apaixonado – além de mulheres, obviamente – é história em quadrinhos. O criador da Playboy admite que além de publicar revistas, um de seus primeiros projetos era o de se envolver com quadrinhos.
Muito mais tarde ele ainda tinha fetiche por festas temáticas de HQ. Em uma delas havia atores vestidos como Batman e Robin, que fizeram um grande sucesso com a plateia.
Mal sabia Hefner que um executivo estava presente na festa, e vendo a reação positiva das pessoas com os personagens, ele ligou imediatamente para um canal americano dando a ideia de um programa voltado para o Batman. Assim nasceu, nos adoráveis anos 60, a primeira série do Batman para televisão.

4 – OS NOMES REAIS

Todo mundo sabe que o nome verdadeiro do Batman é Bruce Wayne. Robin é Dick Grayson. Mas há outros Robins, o Jason Todd, Tim Drake e Stephanie Brown. Os nomes dos vilões também são de nosso conhecimento: a Mulher-Gato é Selena Kyle, o Pinguim é Oswald Cobblepot e o Charada é Edward Nigma (e-nigma… sacou a charada?). Duas-Caras é Harvey Dent (o que ficou claro com o filme recente) e o nome completo do leal mordomo de Bruce Wayne é Alfred Pennyworth.
O maior mistério sempre foi o nome do Coringa, que por muitos anos permaneceu como um personagem sem uma origem ou identidade real – ou pelo menos nunca revelada. Só recentemente o Coringa teve uma história de origem, e assim, um nome: Jack Napier – nomeado após Alan Napier ter interpretado Alfred na série de televisão Batman.
5 – O PRIMEIRO FILME


Você sabe qual foi o primeiro filme do Batman? Os fãs casuais podem dizer que é o filme de 1990, de Tim Burton. Já os fãs mais experientes, sem dúvidas, irão afirmar que Adam West estrelou um filme do Batman em 1966.
Na realidade, ambas as afirmações estão erradas. A primeira vez que o Batman foi retratado em um filme que teve algum tipo de lançamento foi em 1964. Trata-se do filme “Batman Drácula”, dirigido e produzido por ninguém menos que Andy Warhol.
Poucas pessoas viram esse filme experimental, mas é de conhecimento geral que Gregory Battcock interpretou Batman – algo absolutamente desautorizado pela DC Comics. Algumas das cenas sobreviventes apareceram mais tarde no documentário de Warhol “Jack Smith e a Destruição da Atlântida”.

6 – O BATMAN DA VIDA REAL


Qualquer um de nós que está irritado com o crime e com os fortes se aproveitando dos mais fracos adoraria poder agir como o bom e velho Bruce: vestir uma fantasia e proteger as ruas. Curiosamente, na cidade de Jackson, em Michigan (EUA), um cara fez exatamente isso.Um dia, o “Capitão Jackson” se encheu dos crimes em seu bairro e decidiu vestir uma capa e um capuz para patrulhar as ruas e ajudar a polícia local. A sua identidade nunca foi revelada, como qualquer bom super-herói faria. Embora isso pareça loucura, a taxa de criminalidade caiu acentuadamente desde que o Capitão Jackson chegou às ruas.Ele trabalha com a colaboração da polícia e nunca confronta diretamente os criminosos. Quando ele percebe algo suspeito, entra em contato com as autoridades. Mas não para por aí, já que para ele o combate não é apenas repressão policial. O Capitão Jackson trabalha com uma série de projetos e serviços comunitários, além de programas de conscientização.
7 – ONDE ESTÁ GOTHAM?


Originalmente, Batman vivia em Nova York – algo nada original, já que muitos outros heróis de revistas em quadrinhos da época também residiam no local. Mais tarde, os escritores resolveram fazer com que Batman habitasse uma cidade fictícia, para que eles pudessem ter liberdade de fazer o que quisessem no seu próprio mundo.Um dos escritores abriu uma lista telefônica de Nova York aleatoriamente e encontrou “Gotham Jewlers”, e foi assim que o nome nasceu. A localização da cidade sempre foi um pouco confusa, às vezes sendo retratada na costa leste dos Estados Unidos, e algumas vezes no centro-oeste, perto da cidade natal do Super-Homem, Metrópolis.No entanto, vários fãs de Batman afirmam que Gotham realmente está localizado na costa leste, especificamente no estado de New Jersey. Isso nunca foi expressamente declarado nos quadrinhos, mas a teoria é realmente popular.

8 – QUEM DESENHOU ISSO?!


Em uma das cenas do filme “Batman”, de 1989, um repórter de Gotham está estressando seus colegas de trabalho por sua obsessão pelo Batman, considerado por muitos uma lenda urbana.Em um ponto ele mostra um esboço de um homem parecido com um morcego de smoking e pergunta: “Você já viu este homem?”. Da próxima vez que você for assistir o filme, pare um segundo a cena e verifique a assinatura do esboço. Ele foi desenhado pelo próprio Bob Kane, o criador de Batman.
9 – BIOGRAFIA MAL INTENCIONADA


Em 1991, Burt Ward, que interpretou Robin ao lado do Batman Adam West, escreveu uma autobiografia intitulada “Burt Ward: My life in tights” (em português, algo como “Burt Ward: Minha vida em calças justas”). O livro tem sido universalmente considerado mal escrito, mal publicado e cheio de mentiras ultrajantes.Burt Ward não é nem um pouco humilde na hora de se descrever: ele se considera um super atleta, e um grande garanhão, narrando infinitas aventuras sexuais de si mesmo e até de Adam West.Ele afirma que sempre houve mulheres nos camarins, prontas para arrancar suas roupas e fazer tudo o que se pode imaginar com a dupla dinâmica. Ele descreve a si mesmo como um ótimo amante e Adam West como um homem incapaz de satisfazer uma mulher, em numerosas passagens quase pornográficas.Adam West revelou mais tarde que leu o livro, mas que não tomou nada como uma ofensa, acreditando que ninguém poderia acreditar em metade do que está escrito e afirmando que “Burt provavelmente só precisava do dinheiro”. Mais tarde, Burt Ward admitiu que foi instigado pelos editores a tornar o livro “mais interessante” para poder vender mais. Que vergonha, hein, Robin?
10 – QUEM INTERPRETOU BATMAN POR MAIS TEMPO?


Ao longo dos anos, diversos grandes nomes de Hollywood têm desempenhado o papel de Batman, mas quem o fez por mais tempo? Esse título vai para Kevin Conroy, que deu voz ao Batman em sete séries de desenhos animados, seis jogos e cinco filmes de animação por 12 anos.Muitos têm o chamado de “a voz do Batman”. Sem dúvidas, ele trouxe alguma originalidade ao papel, com a sua visão única sobre o personagem. Conroy teve a ideia de alterar visivelmente o tom de voz quando Batman vai combater o crime e quando é apenas um playboy milionário.
E no final do post tem que ter boas imagens. Asuhasuhuhasashauhasuhuh






Fonte do dados: Hypescience.com/ imagens: Google



Poderá ta

A história da Marvel no Brasil: Parte II

                             
E estamos em 1978, finalzinho da década de 70. A Casa das Idéias aparecia nas bancas sob o selo da Bloch Editores, forte por conta da revista Manchete. Além dos títulos triviais, como Homem-Aranha, Hulk, Capitão América, Vingadores, etc., também estavam à disposição do pessoal boa parte da linha de terror da Marvel Comics.
O quê? Você não sabia que a Marvel teve uma linha de terror Pois é, houve um tempo em que a Marvel investia em outras coisas além dos ?diferentes perseguidos por uma sociedade que os odeia?. Havia a linha trivial de super-heróis, a linha fantasia com Conan, Sonja,Kull, e outros criados por Robert Howard, a linha de humor, cujo grande representante foiHoward, o Pato, e a linha de terror, com Dracula (já citado no capítulo passado),Lobisomem (no original, Werewolf by Night), Frankenstein, a Múmia (The Living Mummy), entre outras criaturas da noite.

E isso veio pra cá! A Bloch, bastante oportunista, lançou o selo Capitão Mistério, pelo qual os leitores brasileiros acabaram conhecendo personagens como Irmão Vodu, Satana,Lilith, Morbius, além dos já citados no parágrafo anterior. Mas não durou muito.






Algumas das revistas da linha de terror da Bloch


Em janeiro de 1979, a Bloch encerrava o título do Homem-Aranha em sua edição de número 33. Todavia, já no mês seguinte, a Rio Gráfica Editora ? propriedade da família Marinho (os donos da Rede Globo, rapaz alienado!) - assumia a incumbência de publicar as crias de Stan Lee por aqui. Hulk e Homem-Aranha, pra variar, foram os primeiros a ganhar sua revistinha própria. Logo em seguida veio a revista ?Os Quatro Fantásticos? e as séries bimestrais Almanaque Marvel e Super-Heróis Marvel, em abril e junho, respectivamente. A primeira trazia as aventuras de Nova (que faziam bastante sucesso entre os leitores brasileiros, mais ainda do que entre os americanos), Mulher-Aranha e X-Men. A segunda trazia histórias das revistas Marvel Team-Up (o Homem-Aranha e um convidado especial) e Marvel-Two-in-One (o Coisa e um convidado especial). Naqueles tempos, almanaques eram a última moda, e tanto o Aranha como o Hulk tinham os seus. A editora se aventurou também com um álbum de figurinhas de seus personagens.







X-Men, Homem-Aranha, Hulk... A elite dos heróis Marvel estava na RGE.

Se você prestou atenção, deve ter sentido falta de um monte de personagem na RGE, né? Pois então, caras como Thor, Capitão América, Homem de Ferro, Punho de Ferro(e não de ?aço? como queria a Bloch), Surfista Prateado, Mestre do Kung-Fu só apareceriam novamente nas bancas meses depois, e pela paulistana Editora Abril, que expandia a sua linha de quadrinhos infanto-juvenis, já composta por Disney, Maurício de Souza e Hanna-Barbera.


Figurinhas dos chicletes
Ping-Pong

Capitão América #1 e Terror de Drácula #1, em junho de 1979, inauguraram a nova linha, seguida por Heróis da TV, em julho. Super-Heróis eram a moda entre as crianças da época. AGulliver trouxe uma coleção de bonecos e imagens dos seus personagens preferidos podiam ser encontradas até no seu chicle-de-bola Ping-Pong.
Parecia uma competição desleal. Afinal, a RGE tinha os ?hits? do momento, Homem-Aranha, Hulk e os Quatro Fantásticos, protagonistas de desenhos animados, seriados de TV e até de um filme longa metragem (no final de 1979, ?A Vingança do Homem-Aranha? estreou nas telonas do Brasil para aproveitar o sucesso da série de TV, trazendo ? pasmem! - o episódio-piloto da mesma série). Porém, a Abril esmerava-se na qualidade de sua linha, principalmente no aspecto editorial. A tradução, a colorização, a diagramação, o papel, tudo era melhor. Sem falar na baderna que a RGE fazia na já problemática cronologia. Para vocês terem uma idéia, no mesmo mês, você lia histórias do Aranha namorando com Gwen Stacy (na revista Homem-Aranha) e com Mary Jane, anos depois da morte de Gwen (na revista Super-Heróis Marvel). Sem falar nas diversas ?splash pages? que nada mais eram que quadrinhos ampliados no tamanho de uma página inteira. Bizarro! Sem contar nas seções de carta, respondidas pelos próprios personagens: ?Hulk fica feliz que amiguinho compra sua revista?.


Superaventuras Marvel #1

E assim a coisa caminhou até 1982, quando a Abril lançouSuperaventuras Marvel, abrigando Demolidor, Doutor Estranho, Pantera Negra e Conan, o Bárbaro. Na RGE, o tradicional Almanaque Marvel deu lugar ao Almanaque Premiere Marvel, que trazia histórias do Cavaleiro de Prata (?), ROM,Hércules e histórias da série ?E se??. Em dezembro daquele ano, saíram as ultimas edições de Hulk e Homem-Aranha, além do Almanaque do Hulk, já dominado pelo sucesso dos X-Men em suas três últimas edições.
Por volta do mês de maio de 1983, começaram a aparecer chamadas nas capas das revistas do Capitão América, como ?vem aí a revista do Aranha? e ?vem aí a revista do Hulk?. No editorial da seção de cartas de Heróis da TV # 48, de junho, veio o anúncio que muitos esperavam: Toda a linha Marvel Comics seria publicada pela Abril. Já no mês seguinte, chegaram às bancas, novamente,Homem-Aranha e O Incrível Hulk, com 84 páginas por edição, lombada quadrada (como ?Capitão?, ?Heróis? e ?Superaventuras?) e um álbum de figurinhas de brinde. Foi sensacional! Em setembro, saiu a primeira edição de Grandes Heróis Marvel, uma revista trimestral cuja proposta era trazer sempre grandes eventos. A estréia trouxe a conclusão da Saga de Adam Warlock e Thanos, com participação dos Vingadores. Um clássico incontestável da Marvel. Sem falar na bela iniciativa do hoje venerado Dicionário Marvel, que vinha em cada uma das edições mensais. Aliás, naquela época, gibi tinha data certa pra chegar na banca: Heróis da TV abria o mês, dia 2; dia 9 chegava Superaventuras Marvel, dia 14 Homem-Aranha, no dia 20 era a vez do Capitão América e dia 26 o Hulk fechava a conta.
Os anos que seguiram foram pródigos ao apresentar novas séries aos leitores. E a Abril tirou a sorte grande ao pegar uma das melhores fases da história da editora: no mesmo mês você tinha X-Men de Claremont e Byrne, Demolidor do Frank Miller, Vingadores de Roy Thomas e Neal Adams, Capitão América também pelo Byrne, Hulk por Bill Mantlo eSal Buscema, além do sucesso, galgado no filme, de Conan, que ganhou sua ?Espada Selvagem? em junho de 1984, revista que se tornou a mais vendida por muitos anos (cerca de 100.000 exemplares por edição!).






Frank Miller (Demolidor), John Byrne (X-Men), Neal Adams (Vingadores) e Sal Buscema (Hulk)


Mas não apenas de êxitos viveu a editora da arvorezinha. A tentativa de lançar o material adulto e pouco convencional da Epic Comics, em agosto de 1985, falhou e a revista foi cancelada com apenas 6 edições. Já no final de 1986, os colecionadores viram a tal lombada quadrada sumir, e, pior, a diminuição do número de páginas de algumas revistas, como Capitão América, que das tradicionais 84 (desde a edição 29, quando se tornou ?Almanaque?) para 68. Tempos de recessão pós-Cruzado.


Heróis unidos nas
Guerras Secretas

Falando em 1986, não podemos esquecer que esse foi o ano em que a Abril fez uma de suas maiores prezepadas editoriais: Guerras Secretas. Além de ter sido a primeira mini-série da editora, a história que o leitor de 1986 leu não é a mesma que foi criada e publicada no EUA em 1984. Por motivos contratuais (a linha de brinquedos da série já estava sendo anunciada), a série teve que ser publicada antes do momento cronológico correto, o que levou os editores a fazer uma série de adaptações. Personagens foram apagados da história, plots descartados, numa verdadeira colcha de retalhos, mas que não diminuiu a diversão. Às vezes, a ignorância é uma benção!
Em 1987, foi a vez de lançar mais duas revistas, parte da linha Novo Universo Marvel: Justice e Força Psi. Mas como é raro alguma coisa dar certo aqui e não lá (exceção feita ao já citado Nova) as duas foram canceladas na 12ª edição, deixando um monte de perguntas sem resposta. Para compensar, tivemos cada vez mais mini-séries a partir de então, como Wolverine, Homem de Ferro, Thor, Elektra, e ainda o advento dos álbuns de luxo, as graphic novels, coisa impensável para aqueles que viram revistinhas sendo distribuídas em postos de gasolina. X-Men, Demolidor, Capitão Marvel e Homem-Aranha foram os pioneiros neste formatão aqui no Brasil.
Na próxima e derradeira parte da nossa jornada através da história da Marvel no Brasil, mostraremos como a Abril largou o osso 23 anos depois; e o nascimento da Era Panini, cujo editor Fernando Lopes nos concedeu uma entrevista EXCLUSIVA, que você confere logo abaixo. Até a próxima!
1) Como você se tornou editor da Marvel no Brasil?
Se eu fosse dado a acreditar nisso, diria que foi a maior sucessão de coincidências da minha vida. Se fosse mais místico, diria que foi destino. Como transito no nebuloso meio-termo entre uma coisa e outra, digo que foi um tremendo golpe de sorte. (risos) Veja bem, leio quadrinhos de super-heróis há mais de vinte anos. Adoro o gênero, acho-o muito divertido. Quando era garoto, ficava imaginando como seria trabalhar na área, mas nunca pensei que isso realmente viria a acontecer.
Quando deixei meu último emprego, no qual fiquei cinco anos, resolvi tirar um tempo pra descansar (coisa que não fazia havia um bom tempo) e viajar. Duas semanas depois, já de volta a São Paulo, comecei a analisar minhas perspectivas profissionais. Estava dividido entre voltar à área de pré-impressão, na qual fiquei por sete anos, trabalhar como freelance na área de diagramação e assessoria de imprensa, na qual já tinha experiência, e voltar ao concorrido mercado editorial. Foi quando o Jotapê (Martins, na época um dos sócios da Via Lettera Editora), me chamou pra uma conversa. Queria trabalhar comigo, mas não conseguimos chegar a um acordo. Amigos, amigos, negócios à parte.(risos)
Ele então lembrou que o Helcio (de Carvalho, um dos sócios da Mythos Editora) estava procurando um editor pra nova linha de quadrinhos da Panini, que ia entrar no mercado com os títulos da Marvel. O Jota ligou pro Helcio e indicou meu nome. Acabei marcando uma entrevista e, no dia combinado, lá fui eu, de paletó e gravata, como qualquer candidato sério a um emprego que se preza. Quando o Helcio chegou, me cumprimentou e perguntou, baixinho, pra recepcionista: ?Quem é o vendedor?? (risos) Foi muito engraçado. Fiz a entrevista, o Helcio gostou dos meus textos, eu já tinha experiência prévia como editor de jornal na minha cidade (São Vicente, litoral de São Paulo) e acabei ficando com a vaga. E assim se vão mais de quatro anos. Às vezes, nem eu acredito. Num mês, eu era um leitor de quadrinhos como qualquer outro; no seguinte, era editor. Olhando em retrospecto, foi tudo muito rápido e inesperado.
2) Sabemos que você era fã de quadrinhos antes de virar editor, mas que sua preferência sempre foi a DC. O seu gosto mudou agora? Quais são, ao seu ver, as grandes diferenças entre linhas?


Capitão América assume a identidade de Nômade

Bem, há um pequeno erro nessa crença de que eu sou decenauta desde criancinha... (risos) A bem da verdade, me apaixonei por quadrinhos de super-heróis com a Marvel. Eu devia ter uns dez ou onze anos quando vim passar férias na casa da minha tia, aqui em São Paulo, e peguei alguns gibis Marvel do meu primo pra ler. Acho que eram da RGE ou da Bloch, não tenho certeza, mas um deles trazia a aventura em que Steve Rogers abandona sua identidade de Capitão América pra se tornar o Nômade. Lembro que achei a história legalzinha e tal, mas nada que me tornasse um leitor instantaneamente.
Só fui comprar meu primeiro gibi de super-heróis anos mais tarde, aos 15 anos, com Superaventuras Marvel 28(out/1984). Gostei das histórias do Luke Cage e da Sonja, dei a sorte de pegar as origens da Tropa Alfa do Byrne, mas fiquei impressionado mesmo foi com o Mestre do Kung Fu, do Doug Moench e Mike Zeck. Me fisgou mesmo.
Comprei a edição seguinte pra ver o final da história e dei de cara com a estréia da Viúva Negra, de Ralph Macchio e George Pérez, e com a história que, na minha opinião, selou meu destino de nerd inveterado: O Inferno Não Pode Esperar, de Chris Claremont eJohn Byrne. Aquele painel final, com o Wolverine olhando pra câmera e jurando vingança, é simplesmente animal! Naquele mês, comprei também Grandes Heróis Marvel #6, com o Mestre do Kung Fu... e o resto é história. Uma história de gastança sem fim, aliás. (risos)


Os Superamigos

Comecei com a DC logo na seqüência, pra ver qual era a dos personagens da editora, que já conhecia de desenhos animados comoSuperamigos e As Aventuras de Batman e Robin, e do seriado live-action do Batman de 1966. Logo, estava consumindo tudo o que havia de ambos os universos. Comprava Super-Homem pelas aventuras da Legião dos Super-Heróis, Batman pelo próprio Morcegão e por Camelot 3000, Heróis em Ação por Novos Titãs e Esquadrão Atari.
Meu interesse pela DC aumentou bastante a partir de Crise nas Infinitas Terras. A idéia de um universo mais coeso me atraiu, e materiais como O Homem de Aço, de John Byrne (que me fez gostar do Superman, um personagem que até então eu achava um porre) e Batman: Ano Um, de Frank Miller, eram um indicativo de um novo e brilhante rumo.
Fora isso, tínhamos coisas como Cavaleiro das Trevas, revolucionária até hoje,Watchmen, Mundo Gavião, Falcão Negro, a minissérie (e posteriormente a revista)Os Caçadores, Monstro do Pântano, Homem-Animal. Foi uma época muito boa pros comics.
A principal responsável pelo aumento do meu interesse na DC foi a própria Marvel. No finalzinho dos anos 80 e início dos anos 90, as coisas começaram a ir irreversivelmente ladeira abaixo, e tudo começou, pra mim, justamente com os X-Men. A equipe nunca mais foi a mesma depois da saída do Byrne. Ainda teve uma fase legal com Paul Smith e tal, mas foi descambando inexoravelmente pro abismo. A entrada de Jim Lee, Mark Silvestrie companhia, que atraiu tantos novos leitores, foi pra mim a porta de saída. As tramas começaram mais a girar em torno do umbigo dos personagens do que nas aventuras em si, era uma ?megassaga? atrás da outra, um saco.


X-Factor de Peter David: oásis nos desérticos anos 90

Continuei a comprar os títulos X por muitos anos ainda (sim, eu tenho problemas), mas deixei de me importar com eles depois deInferno. Nada do que se passou depois do Byrne, pra mim, como leitor, tem relevância, pelo menos até a fase do Grant Morrison. Salvo uma ou outra série esparsa ? X-Factor e Hulk do Peter David, Marvels, alguma coisa do início do título próprio doWolverine, os Vingadores da Costa Oeste, Namor eQuarteto Fantástico do Byrne, Thor do Walt Simonson, por exemplo ?, a maior parte do que era publicado não passava de lixo. A quantidade de bons títulos DC, por outro lado, só fazia aumentar. E mesmo com inúmeras monstruosidades em seu currículo ? como Milênio, Zero Hora, A Morte do Super-Homem, A Queda do Morcego e várias outras ? o saldo ainda me parecia mais positivo.
A principal diferença entre Marvel e DC, ao meu ver, sempre foi a abordagem dos personagens, e isso só se acentuou com o tempo. Enquanto a DC centra fogo na ação heróica em si, desenvolvendo os personagens em segundo plano, a Marvel faz exatamente o inverso, focando mais a personalidade dos heróis diante dos desafios que enfrentam. A abordagem da DC tem maior chance de me agradar, pois a fórmula ?herói versus vilão? é bem mais fácil de seguir. Qualquer um razoavelmente competente escreve, no mínimo, uma boa historinha pra passar o tempo. A estratégia da Marvel é mais complicada, exige mais talento. Senão, você tem a história de um mala sem alça que vai te irritar até a raiz da alma. E eu não leio gibi pra me irritar.(risos)
Agora, dizer que meu gosto ?mudou? é meio complicado. Praticamente não leio mais gibis da DC há quase quatro anos, desde que me tornei editor. Não por falta de vontade, mas por falta de tempo mesmo. Sei que tem muito material excelente da DC saindo, e estou guardando todos os meus gibis pra ler um dia. Quem sabe quando eu me aposentar? (risos) Paralelamente, redescobri o prazer de ler algumas séries Marvel, e posso garantir que tem muita coisa boa sendo lançada. Num âmbito geral, acho que os quadrinhos vivem um momento excepcional, e fico feliz de estar no meio de tudo isso.
3) Qual a melhor parte do trabalho de editor? E a pior?


Capitão Marvel foi cancelado pro desespero dos leitores. E do Lopes.

A melhor? Ler e ganhar gibi de graça! (risos) Sério, agora. A melhor parte é ver o leitor satisfeito, e o orgulho de saber que você contribuiu para aquele momento de satisfação, mesmo que só um pouquinho. Sabe, eu vou de metrô pro trabalho. Volta e meia, vejo alguém lendo um dos gibis que produzi. Sempre fico prestando muita atenção às reações da pessoa e, não raro, puxo papo pra perguntar a opinião dela sobre o gibi. Óbvio, muitos olham meio torto à princípio. O que deve ter de nego que pensa que é um assalto ou coisa do gênero não tá escrito. (risos) No geral, contudo, sempre consigo um bom retorno. Gosto muito do contato pessoal com o leitor, bem mais que do contato virtual. Também gosto muito de selecionar material pra publicar, de bolar novos jeitos de lançar mais revistas e de acertar as coisas pra que tudo saia redondinho.
A pior coisa são os erros. Fico pê da vida quando alguma coisa dá errado. Penso em todo o trabalho que se teve, o esforço de todos os envolvidos pra, no final, às vezes por um detalhe bobo, o resultado acabar comprometido... Sou um cara muito perfeccionista com meu trabalho, chato mesmo. Detesto erros, principalmente quando sinto que poderia ter feito algo pra impedir que eles acontecessem.


Jessica Jones, estrela
de Alias.

Com o tempo, consegui colocar na cabeça que, dado o volume de trabalho, alguma coisa sempre vai passar. Poxa, edito uma média de mil páginas por mês, às vezes mais. Seria muita pretensão da minha parte achar que não haveria erro em nenhuma delas. Mas acho que, dado o contexto, o índice de erros em nossas publicações é bem baixo. Uma margem de 1% a 2% é, na minha opinião, perfeitamente aceitável. Assim, tento encarar o assunto com serenidade.
Outra parte chata do trabalho é justamente o lado empresarial da coisa. Veja, quando um leitor chega pra mim e diz ?ah, vocês deviam publicar isso assim, assim e assado, cancelar este ou aquele título, fazer aquilo e aquilo outro?, ele leva em conta apenas seu próprio gosto pessoal. E está até certo, ao seu modo. Ele está vendo o lado dele, dane-se o resto do mundo. Eu já não posso fazer isso.
Não faço gibis pra mim, mas para os mais variados tipos de leitores. Mais do que isso: faço revistas para vender, tenho uma responsabilidade para com a empresa. Se uma publicação não vende, é cancelada e todo mundo sai perdendo. Não tem coisa mais triste do que cancelar um título. Toda vez que me vi na iminência desse tipo de fato, fiz o possível pra acomodar os interesses de todo mundo. Tanto é que pouquíssimas séries foram efetivamente interrompidas com os eventuais cancelamentos que tivemos no caminho. Tivemos algumas baixas, claro, e algumas que me deixaram particularmente chateado, mas preciso ser profissional. É pra isso que sou pago, e é com isso que sustento minha família.
4) Qual foi o seu maior orgulho profissional como editor da Marvel? E o maior desgosto?


Cage, de BrianAzzarello
e Richard Corben.

No geral, me orgulho muito do que conseguimos nos últimos quatro anos. Não eu, em especial, porque não estou nessa sozinho. Há muita gente envolvida no processo e, se a Panini é a potência editorial na área de quadrinhos que é hoje, o é graças a um trabalho de equipe. Quando começamos, em janeiro de 2002, éramos uma incógnita, ninguém sabia o que esperar. Substituímos a maior editora do País na publicação dos quadrinhos Marvel. Tínhamos de mostrar que estávamos à altura de uma estrutura com mais de 20 anos de tradição. Mais do que isso, tínhamos de ser melhores.
Começamos com seis títulos mensais, um editor meio inexperiente nessa área específica, uma equipe exígua e uma pressão enorme. Mais de uma vez ouvi que a gente não agüentava seis meses. Mas nós tínhamos uma coisa com a qual muitos não contavam: gana. Tínhamos e temos uma vontade maluca de fazer cada vez mais, e cada vez melhor. Vamos errar, claro, mas nunca poderão nos acusar de não tentar. Talvez por isso a Panini seja o que é hoje e tenha uma presença tão marcante nas bancas.
Tenho, claro, aquilo que considero minhas pequenas vitórias pessoais. A principal delas foi conseguido trazer material que, em outras épocas, dificilmente chegaria às bancas. Particularmente, do jeito que as coisas vinham vindo, duvido que séries como Alias, Cage,Nascido Para Matar, Thor: Vikings, Viúva Negra, X-Force/X-Táticos e mesmoPoder Supremo chegassem às mãos dos leitores brasileiros. Tenho muito orgulho de ter ajudado a trazer esse material pra cá. E, tirando X-Force/X-Táticos ? uma brisa de renovação no universo mutante ? todas as demais séries só viram a luz do dia por aqui graças a uma arriscada aposta chamada Marvel MAX. Taí um título que posso dizer, com orgulho, que saiu da minha cabeça, no qual ninguém acreditava a princípio. Para minha sorte (e dos leitores), a Panini decidiu bancar a aposta. E Marvel MAX continua aí até hoje, enquanto outras revistas, teoricamente mais fortes, acabaram tendo de ser reformuladas.
Meu maior desgosto? Interromper a série do Capitão Marvel. Eu gostava mesmo dela. Pena que não vendia...
5) Qual o seu personagem favorito (na Marvel)? E sua história favorita (também na Marvel)?



Demolidor: o preferido de Lopes

Gosto mais dos heróis de segundo e terceiro escalão da Marvel do que dos big guns. Se tivesse de escolher um e apenas um, seria o Demolidor. Mas também curto caras como Punho de Ferro, Mestre do Kung Fu e Jessica Jones, minha personagem feminina favorita desde Alias.
História favorita é difícil dizer. Uma das que mais me marcou foi Roleta Russa, do Demolidor, ainda na primeira fase do Miller. Como é uma das mais antigas, acho que posso eleger essa. Mas tem um monte, muitas das quais tive a sorte de publicar.
6) O futuro da Marvel no Brasil. É promissor? Fale um pouco sobre o que vem por aí.
Acho que vivemos um bom momento, tanto para a Marvel quanto pra DC, e creio que ele deve se estender por um bom tempo ainda. Ambas as editoras estão se esforçando pra conquistar novos leitores, e isso é bom pro mercado e pra todo mundo. Como mencionei antes, começamos nossa trajetória com seis títulos mensais. Hoje temos dez revistas mensais pros mais variados tipos de público, uma bimestral, uma média de três a quatro encadernados por semestre, três minisséries em andamento e vamos começar a publicação de anuais. Posso afirmar, sem medo de errar, que nunca se publicou tanto material Marvel regularmente no Brasil como agora. E, no que depender de nós, teremos ainda mais.